Hino de Conduta

Traga - me diante da fortuna, Pai
Larga-me n'este pátio que as Moiras traçaram
Dante os desejos d'trapaça, jogai-me no ritmo q'enfeitiçaram
Para que com ato, o provai

Destas veias, não se erguerá cobardia
Deste suor não caíra o receio da agonia,
E mesmo dante do cansaço quebradiço,
Meu brio não dobrará, manterá em imitação do aço

Erguida a bandeira, coragem
E coesão, n'alma demarcados
Para que diante da afronta, a honra
Seja estrela - guia,

E não importa aonde a nau apontar,
Desembarcarei em porto pronto
Morte não editará meu orgulho,
Não esquecerei daqueles cuja razão foi o sacrificar,

No caminho, quando descobrir minhas fraquezas
Retirarei das entranhas, memórias
Que somente uma vida digna pode doar,
Assim, senda não será traída ou abandonada

Assim, bandeira jamais caíra em desonra,
E largando esta linha fina e curta
Sem embaraço ou vergonha,
Como homens, abraçaremos o porvir,

Donde Querontes carregará cada qual para seu fim,
Viagem que jamais será vista
Considerado o obrado, suado em carmim
Por aqueles frutos, consumados em neblina

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