Valente

Destes aplainados terrenos, sonhos são erguidos,
Dentro de mente acirrada com cordão espiritual
Lança-Dilúvio, observando do céu transmuta-se no aval
Doando aparência aos semi vivo sofridos;

Ouvindo o clamor da marcha, num rufo
Peles despidas, tornadas festa púrpura,
Do grito a clava forte se mostra pura,
E o povo alimentado, segue rumo;

Será inteiro possuído?
O engole- almas estará saciado no festim
Ou outros seres será dado fim?
Sacrifício diluído

Em denso vinho,
Butim de falsários remotos,
Basta! Gritai o aquiliano; Basta desta roda atroz!
Traga-me moira bem quitada de lino,

Pois dessas tragédias,
Cansam o ombro de simples semblante,
Que em sua rotina despreza o açoite
Sempre chacoalhado diante do próprio epitáfio, duros dias

Porvir, marcam a senda reta
Alma simples, recorda de teu esforço
Livre-se do coito com este desprezo,
Dissipa deste abraço d'miséria, ouse com a chama da seta

Cuja força queimara a vanguarda
Esta reunida por orgulho,
Mas sem bravura, apenas sabem gritar sem causa,
Não renda-se, vede-os não suportarem avanço

Exploda em valentia, avance
Toma o rumo do martírio,
Deixe a sede de viver honrado
Ultrapassar o maldito desejo

De ser amado por tudo e todos,
O escuro há de lhe tentar com seus abraços
Sufocar seu peito, sufocar sua vontade
Lembra da seta! Do arco que a soltou, da tríade

Faz-se erguer sem muletas, recorda da fé
E veja sua alma explodir... Explodir em valentia.

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